sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Por : Luã Anderson

Vaso Chinês


Estranho mimo, aquele vaso! Vi-o


Casualmente, uma vez, de um perfumado


Contador sobre o mármor luzidio,


Entre um leque e o começo de um bordado.






Fino artista chinês, enamorado


Nele pusera o coração doentio


Em rubras flores de um sutil lavrado,


Na tinta ardente, de um calor sombrio.






Mas, talvez por contraste à desventura -


Quem o sabe? - de um velho mandarim


Também lá estava a singular figura:






Que arte, em pintá-la! A gente acaso vendo-a


Sentia um não sei quê com aquele chim


De olhos cortados à feição de amêndoa.


Alberto de Oliveira

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